DEVEM ESTAR DE ZOEIRA (PARTE 2)

Minha hipótese é que esse tal de Cláudio Cabral é um gênio, um escritor dissimulado que, para manter seu emprego no Diário do Nordeste, aceita discorrer fantasiosamente sobre corpos e formas de modelos um tanto inusitadas: Mulheres fora do padrão comum de beleza (para não dizer que são feias pra caramba) acompanhadas de textos hiperbolizados.

Acredito que seu superior chega com uma foto e ordena que seja feito um texto elogiando a moça onde não cabem elogios. Cláudio, meu ídolo-gênio em potencial (se minha hipótese conseguir ser confirmada) faz textos que cabem aos dois contextos: uma moça incrivelmente linda, ou extremamente feia; enganando a edição com frases como: "À beira de um insulto coronariano", "vítima de uma vertigem erótica que nos deixa com o gosto amargo na boca.", "grande é o nosso sofrimento diante deste monumento de mulher", "sinuoso corpaço". Ou sua dupla intenção é formidável, ou ele é realmente maluco.

Dá pra conferir o exagero no post DEVEM ESTAR DE ZUEIRA.

Não saberei o paradeiro dessas moças que encontramos no Diário, a não ser investigue a fundo suas origens e os motivos pelo qual esse jornal publica suas fotos e pincela com textos fictícios. Dispenso esse trabalho. Só o que posso tentar é confirmar minha hipótese que Cláudio Cabral é um gênio. Vou atrás dele e tentar descobrir. Alguém pode me dar uma dica de como localizá-lo?

Por enquanto prefiro não acreditar que Cláudio acha mesmo tudo o que diz sobre essas moças. Continuo acreditando que as moças têm alguma influência no jornal e com isso deve-se esse favor de fabular o inegável: Elas não deveriam estar nessas páginas e, se estivessem, não deveriam receber tamanhos elogios que só as ridicularizam.